Os resultados da Lojas Renner já haviam superado os de 2019 no segundo trimestre. Nos primeiros nove meses do ano, o lucro líquido da varejista aumentou 272,7% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 809,9 milhões.
No terceiro trimestre, o lucro líquido ficou 50% acima do registrado entre julho e setembro de 2021, em R$ 257,9 milhões.
Nesse valor, detalhou o diretor financeiro e de relações com o mercado, Daniel Martins dos Santos, há um ganho não recorrente (que não vai se repetir) estimado em R$ 34 milhões. São créditos tributários obtidos como resultado de investimentos em tecnologia e inovação permitidos pela Lei do Bem. Martins dos Santos também destacou o ganho de participação de mercado, que ficou 7,2 pontos percentuais acima da média do mercado apontada pela Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE no período de julho e agosto em relação ao mesmo período do ano anterior.
— Tivemos forte crescimento digital, de 29% sobre 2021, inauguramos 12 lojas no terceiro trimestre, das quais cinco no Rio Grande do Sul. Estamos chegando a cidades menores, onde não estávamos até agora. Também abrimos mais uma no Uruguai, agora no Shopping Montevidéu.
Conforme o executivo, os bloqueios em estradas causaram problemas com logística:
— Todo mundo foi impactado, mas não chegou a criar disrupção (falta de produto) nas lojas. Algumas coisa vão chegar mais atrasadas, assim como pedidos feitos pelo digital.
Como a Renner foi uma das empresas cujas ações subiram depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, a coluna quis saber se de fato há expectativa de que as vendas no varejo sejam beneficiadas pelo resultado das urnas.
— O novo governo tem uma pauta de recuperação econômica que tende a ser positiva para o varejo. Isso ocorreu com várias empresas do setor que tem base de consumo mais pulverizada.
A projeção para o quatro trimestre é de crescimento em linha com terceiro, afirmou o executivo. Para que essa tendência positiva se confirme, a expectativa da companhia é de que volte a esquentar - a temperatura material, dos dias de primavera/verão, não a política.A coluna quis saber se o frio de outubro pegou a Renner de surpresa, Martins dos Santos respondeu:
— O ideal é que comece a esquentar. Novembro e dezembro representam muito nas vendas do trimestre.