Segundo maior do Brasil, o aeroporto de Congonhas foi privatizado nesta quinta-feira (18), com outros 14. A última "joia da coroa" do segmento foi arrematada pelo grupo espanhol Aena, com lance de R$ 2,45 bilhões, ágio de 231% em relação ao preço mínimo. Além de Congonhas, o bloco incluía outros 10 terminais em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará.
Com a concessão definida nesta quinta-feira (18), 91,6% do tráfego aéreo do Brasil passará por aeroportos privados, conforme estimativa da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). Aena é o operador de Barajas, em Madri, e seis terminais no Brasil: Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB).
O resultado do leilão de Congonhas é curioso porque já se sabia que o Aena era o único interessado, mas em tese o grupo ignorava essa informação ao entregar a proposta, na segunda-feira (15). Por isso houve ágio, mesmo sem disputa no dia do leilão. Os candidatos entregam antecipadamente um pacote que inclui sua oferta sem saber quantos disputariam o ativo. Havia expectativa de participação da CCR, que arrematou três terminais no Estado em 2021, mas a empresa não se credenciou.
No total, a concessão dos 15 aeroportos - em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá - arrecadou R$ 2,716 bilhões. A expectativa é que os vencedores do leilão invistam ao menos R$ 7,3 bilhões na modernização das instalações nos 30 anos de concessão, dos quais R$ 3,3 bilhões em Congonhas. O leilão marca ainda a estreia da XP Asset no mercado da aviação executiva. O seu fundo XP Infra IV FIP em Infraestrutura arrematou os terminais Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.