A operação da Polícia Federal que investiga sonegação e lavagem de dinheiro envolve um fornecedor da Ceitec de fora do Rio Grande do Sul, conforme o presidente do conselho da empresa, Ronald Krummenauer.
A busca na manhã desta quinta-feira (29) na sede da empresa, em Porto Alegre, focou em documentos dessa empresa que foi fornecedora da Ceitec entre 2011 e 2016, detalhou Krummenauer.
Sobre o eventual envolvimento de funcionários da empresa, o presidente do conselho informa que ainda não se sabe qual é o escalão de possível implicados, nem se ainda trabalham na Ceitec. A estatal produz chips de rastreamento de animais, veículos e documentos.
O escândalo afeta a estatal federal que está em fase de liquidação desde junho, mas não deve interferir nesse processo. Neste momento, relata Krummenauer, os ministérios responsáveis pela Ceitec (o da Ciência, Tecnologia e Inovação e o da Economia) estão analisando o relatório da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) que havia apontado irregularidades na extinção. Segundo Krummenauer, não há data prevista para publicação do decreto de extinção da Ceitec.
— Devemos ter posicionamento na metade de novembro — afirma o presidente do conselho, sobre a questão do relatório do TCU.
Conforme a avaliação da área técnica do TCU, o decreto que incluiu a Ceitec no PPI citava a elaboração de estudos e de avaliação de alternativas, sem mencionar a possibilidade de extinção pura e simples. Aponta ainda a decisão tomada sem que o tribunal monitorasse, o que poderia provocar "prejuízos à segurança jurídica do processo".