O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) informou, nesta segunda-feira (13), que aderiu ao Conta-covid. O programa do governo federal busca diminuir as perdas causadas pelo coronavírus ao setor elétrico, com a concessão de empréstimos a empresas do ramo.
Ao comunicar a adesão, a CEEE-D solicitou crédito de R$ 228,3 milhões. Após ser repassado, o empréstimo pode ser usado para cobrir impactos da inadimplência e da queda no consumo de energia causada pela paralisação de empresas, por exemplo.
Seria uma espécie de antecipação de receitas para a companhia. A decisão CEEE-D foi anunciada em comunicado direcionado ao mercado.
"O montante requerido foi de R$ 228.304.106,00 referente aos valores estipulados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Esse valor representa 100% do valor máximo da operação estabelecido para a companhia. Os recursos serão repassados às distribuidoras através de operação financeira sob coordenação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE", aponta o documento.
Os empréstimos do Conta-covid são provenientes de um grupo de instituições financeiras liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Aneel, o programa foi necessário "para evitar reajuste maior das tarifas ainda este ano". O aumento nas contas é impulsionado por fatores como a elevação do custo de energia em Itaipu. Assim, o reajuste será diluído ao longo de 60 meses, em vez de 12 meses.
"Com a Conta-covid, esses valores serão diluídos em 60 meses, reduzindo os índices dos reajustes a serem aprovados em 2020, em um momento de perda de renda de boa parte da população", relatou a Aneel.