Em suspense desde que a extinção da Ceitec foi cogitada, nos primeiros dias do início do governo Bolsonaro, o futuro da estatal com sede em Porto Alegre parece estar selado. Nesta quinta-feira (11), o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, tuitou que será "a primeira estatal a ser liquidada".
Nascida como uma associação sem fins lucrativos para desenvolver circuitos eletrônicos (chips), foi federalizada em 2009, mas nunca alcançou o equilíbrio. Conforme Ronald Krummenauer, que assumiu no ano passado a presidência do conselho da Ceitec, a decisão de fechamento foi tomada no conselho do Programa de Parceria em Investimentos (PPI). Agora, vai para sanção do presidente da República.
Segundo o executivo, a Ceitec tem prejuízo de R$ 80 milhões por ano e já exigiu R$ 1 bilhão de recursos federais. Como o próprio Krummenauer avalia que há "duas Ceitec" – uma área competente de prototipagem e design, e a "fábrica de chip", que exigira investimento bilionário para se atualizar –, talvez seja possível salvar um pedaço.
– O que está em aberto é a possibilidade de criação de uma OS para a criação de chips. É um quadro técnico de funcionários qualificados – pondera Krumnenauer.