Em 2013, Cristina Palmaka, 48 anos, deixou a Microsoft para assumir a presidência da SAP Brasil. Na época, deparou com o desafio de garantir que a subsidiária da companhia alemã, que desenvolve softwares de gestão de empresas, seguisse as mudanças nas demandas dos clientes. Apesar das dificuldades da economia nacional, Cristina afirma, sem mencionar resultados, que a SAP Brasil vem crescendo ano a ano. Entre os fatores que sustentam as altas, destaca a aposta na diversidade do quadro de funcionários e na estrutura dos laboratórios da companhia – um dos 14 no mundo fica em São Leopoldo.
Antes de vir ao Estado para participar do CEO Fórum da Amcham Porto Alegre, nesta terça-feira, a executiva paulistana conversou com a coluna. Veja os principais trechos da entrevista:
NUVEM DE MUDANÇAS
"A SAP vem se transformando em uma empresa de soluções em nuvem para clientes. Isso não é diferente no Brasil. Vivemos um momento em que as empresas estão reduzindo custos. Ser eficiente é fazer mais com menos. Grande parte do nosso faturamento vem de soluções em nuvem. As informações em smartphones estão armazenadas em nuvens. Os e-mails e outras mensagens, também. A SAP faz soluções mais complexas focadas no ambiente corporativo. Isso permite facilidade e usabilidade tanto para empresas quanto para seus clientes."
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RECESSÃO
"A empresa tem crescido ano contra ano. O setor financeiro tem usado a tecnologia de maneira interessante. No agronegócio, também temos soluções específicas. Em São Leopoldo, fizemos mais de cem contratações neste ano. Seguimos investindo, mesmo com a crise. Investimentos de empresas em nuvem continuarão crescendo."
PRESENÇA FEMININA
"A participação da mulher tem aumentado muito em todos os níveis das empresas. A tecnologia é bastante inclusiva. Por volta de 34% do nosso quadro é formado por mulheres. Vivemos um momento de colaboração. Diversidade no ambiente de trabalho é fundamental. Muitas empresas estão se reinventando e conseguem refletir sobre o que ocorre na sociedade."