
Foi um jogo com dois gols anulados, um pênalti perdido por Alan Patrick e salvo por Gustavo Prado já nos acréscimos. O 1 a 0 sobre o Maracanã, no entanto, deixou mais uma vez lições que o Inter precisa resolver em curto espaço de tempo.
Outra vez houve dificuldades contra um adversário que fechou corredores e congestionou a frente da área.
Mesmo com o desconto de ter iniciado com cinco reservas (Rogel, Ramon, Thiago Maia, Romero e Tabata), o Inter simplificou demais para superar o ferrolho do Maracanã, time obediente nas questões táticas, mas de limitações técnicas de clube da Série D. Foram 73 cruzamentos para a área. Esse número resume bem a dificuldade de quebrar a marcação dos cearenses.
Um efeito dessa vitória apertada no Beira-Rio será o de jogar espremido pelo placar no dia 22, em Fortaleza. O placar ampliado que se imaginava na ida permitiria aumentar o número de preservados na volta. Não será assim.
Calendário apertado
Seis dias antes de encarar o Bahia, o Inter precisará jogar às veras contra o Maracanã. Entre esses dois jogos, haverá o Sport, em Recife. Aliás, aqui mais um detalhe. Enquanto o Inter estiver voltando do Nordeste, o Bahia estará em Porto Alegre, onde terá enfrentado o Grêmio e ficará à espera da partida no Beira-Rio.
Esse espinho a mais no calendário é só mais um preço que o Inter pagará pela ausência de um jogo mais iluminado contra o Maracanã. Roger precisou chamar Alan Patrick e Vitinho na metade do segundo tempo e terminou o jogo com os dois, mais Gustavo Prado, Raykkonen e Wesley.
Insistiu, sem tanta elaboração, e evitou o pior. Mas também ficou muito longe do melhor que já foi apresentado por esse mesmo Inter, algo que vem se repetindo depois que o calendário ficou ajustadíssimo e prevê, nos próximos 15 dias, decisões na Libertadores e jogos duríssimos no Brasileirão.