
Manga nos deixou nesta cinzenta terça-feira (8) na Porto Alegre em que ele morou por quatro temporadas nos anos 1970. Foi ídolo dos colorados e campeão gaúcho com os gremistas.
Mas Manga também foi ícone na sua Recife, quando surgiu como fenômeno no Sport, nos anos 1960, depois no Rio, quando fez parte de um dos maiores times de todos os tempos, aquele Botafogo de Garrincha, Zagallo, Quarentinha, Nilton Santos e Amarildo, o Possesso.
Manga também foi lenda no Nacional, onde jogou por seis anos e foi campeão da América, do Mundo e Interamericano. Era chamado de "Mítico". Em Guayaquil, foi tão idolatrado que ficou para morar. Está entre os grandes nomes da história centenária do Barcelona e constituiu família por lá.
O que faltou para Manga ser mundialmente reconhecido foi uma Copa do Mundo para chamar de sua. Em 1966, foi titular de uma das Seleções Brasileiras mais confusas de todos os tempos — embora essa de agora faça força para superá-la. O Brasil caiu na primeira fase, na sua pior campanha em Copas.
Fosse Manga o goleiro da Seleção no Tri, quatro anos depois, seu adeus seria notícia mundial. Porque Manga em nada perdia para Gordon Banks e Lev Yashin, duas lendas sob as traves. Eu até diria que Manga, com suas defesas inverossímeis, é a versão tropical de Yashin e Banks.