
O Sportivo Luqueño que recebe o Grêmio pela Sul-Americana já foi um clube importante no futebol paraguaio. Faz tempo, é verdade.
Isso foi lá pelos anos 1970, quando disputou a Libertadores e caiu no grupo do Cruzeiro e do Inter. Três anos depois, na conquista paraguaia da Copa América, apresentou ao mundo o meia Julio Cesar Romero.
Para nós, o Romerito, ídolo do Fluminense campeão brasileiro de 1984, com Assis e Washington. Romerito, em 1979, foi vendido pelo Luqueño ao Cosmos, de Nova York, que tinha Pelé como diretor esportivo e Carlos Alberto, Carlos Alberto Torres e Neeskens no time.
O dinheiro da transação da joia de 19 anos serviu para que o Luqueño construísse seu estádio, o Feliciano Cáceres. Hoje, Romerito é um dos vice-presidentes do clube e tenta resgatá-lo das sombras.
O Luqueño chegou a passar uma temporada na segunda divisão e voltou à elite em 2022. Desde lá, vive uma luta constante contra o rebaixamento. No atual Apertura, é o lanterna entre 12 clubes, com 10 pontos em 11 jogos.
Porco é o mascote
O Sportivo Luqueño é o vizinho mais próximo da Conmebol. Seu estádio fica a menos de quatro quilômetros da sede suntuosa da entidade. Luque, encravada numa das bordas de Assunção, também é conhecida no Paraguaia por ser a cidade das varas de porcos.
É dali que saem as melhores carnes suínas e linguiças dos assados paraguaios. Em guarani, o outro idioma oficial do país, porco é kure.
Por isso, os torcedores do Luqueño são conhecidos como "Kure-Luque". Eles também atendem como "chancho", como se diz porco no espanhol das Américas (na Espanha e em alguns locais da América, se usa "cerdo").
Assim, você poderá ver em alguns sites e jornais o Luqueño ser chamado de "Chanchón". A torcida adotou o apelido. Tanto que o porco é o mascote do clube e há uma estátua de um suíno no estádio.
Aliás, aqui uma curiosidade. Todos os anos, Luque faz a festa Kure Ará, algo como Festa do Porco. O exemplar com maior peso é escolhido e ocupa no ano o posto de mascote oficial do clube.
El Ropero
Gustavo Morínigo ainda espera pela principal contratação para a temporada. O veterano centroavante Federico Santander, 33 anos, chegou no final de fevereiro e ainda busca a melhor forma.
Entrou em uma partida apenas, há duas semanas, mas está fazendo jus ao apelido "El Ropero", e vai levar mais tempo para entrar em forma.
Morínigo, que até o ano passado estava no Brasil, no Remo, busca soluções por todos os lados — e como os resultados mostram, está longe de encontrá-las.
Nessas 11 rodadas do Apertura, chegou a lançar um garoto de 17 anos, o extrema Jonathan Ramos. No mês passado, teve de afastar dois titulares, o lateral Rodi Ferrera e o extrema Vera, referência técnica do time.
Eles foram flagrados numa balada, no Dia dos Namorados, depois de o time chegar às 3h da manhã de viagem em que perdeu por 3 a 0 para General Caballero. Esse, aliás, foi só um dos problemas do Luqueño em um ano que começou errado.
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