São mais de 50 dias sem que Jean Pyerre apareça em campo. Em 10 meses, a vida do meia mudou. Passou de nova joia do futebol brasileiro, incensada em coluna de Tostão na Folha de S. Paulo e no Bem, Amigos, quando ganhou mais de hora no programa, a um reserva esquecido no banco de reservas.
Um pouco antes, em setembro, o Palmeiras havia batido na Arena com uma oferta tentadora: Rony, Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Diogo Barbosa pelo meia. O Grêmio recusou, pelo inchaço que teria na folha (que acabou inchando de qualquer forma) e pela aposta de que Jean seria jogador de Seleção ali na frente.
Felipão até apostou em Jean no começo desta sua passagem pela Arena. Ele foi titular a partir do segundo jogo do técnico. Engatou seis jogos: as duas contra a LDU, Vitória, Fluminense, RB Bragantino, Chape e São Paulo. Depois desse jogo, quando o Grêmio levou um gol no final, perdeu espaço. Nessa partida, foi substituído por Darlan faltando 15 minutos e nunca mais voltou.
Jean tem sempre figurado no banco de reservas, mas nunca foi opção mesmo com as cinco trocas. Felipão tem optado pelas entradas de jogadores mais velozes, como Léo Pereira quando precisa tornar o time mais ofensivo. Até mesmo Everton Cardoso, antes descartado, já teve chance nesse período.
Com a chegada de Campaz e sua utilização a partir da partida contra o Sport, a tendência é de mais perda de hierarquia de Jean. Nos bastidores, o conselho para o jogador é de que siga treinando com afinco e se mantenha afiado. Porém, essa orientação não vem acompanhada da perspectiva de que terá novas chances.