
O Inter entrou na etapa final na definição de uma parceria para o Gigantinho. A proposta apresentada pelo consórcio formado pelas gaúchas Opus e DC7 atendeu aos requisitos pretendidos pelo clube e foi a escolhida entre as três que apresentaram-se à convocação feita em edital lançado há um ano. O processo todo foi conduzido pelo vice-presidente de negócios estratégicos João Predro Lamana Paiva, que encaminhou a melhor oferta ao presidente Marcelo Medeiros nesta quinta-feira (30). O próximo passo, agora, está com o Conselho de Gestão, que elaborará com os novos parceiros a minuta do contrato, que valerá até 2040.
Depois de elaborada a minuta do contrato, o acordo será encaminhado para aprovação do Conselho Deliberativo. A tendência é de que tudo esteja desdobrado ainda neste ano. Vale lembrar que se trata de um contrato de 20 anos e, pela sua complexidade, deve ser discutido de forma minuciosa. O que provavelmente demandará algumas semanas de reuniões e discussões entre os advogados do clube e dos parceiros.
Em um primeiro momento, o consórcio Opus/DC7 já havia apresentado a melhor proposta. Tinha ficado à frente do consórcio formados pela Promed/Inply e da portuguesa Consfly. Porém, uma análise feita pelas comissões de novos negócios e de patrimônio do Conselho deu parecer parcial ao acordo e sugeriu oito pontos a serem atendidos. Esses itens foram encaminhados aos três candidatos. A resposta mais satisfatória seguiu sendo a do consórcio formado pelas duas produtoras gaúchas.
Pelo acordo, o Inter receberá um pagamento de luvas, além de participação que será paga mensalmente. Uma cota anual referente aos namings rights também entrará nos cofres do clube. Caso os novos gestores vendam o nome do ginásio, esse valor passará a ser mensal.
O Inter garantiu também que a reforma no Gigantinho siga o projeto arquitetônico do Beira-Rio. Outro ponto a ser atendido é que o espaço será multiuso, ou seja, abrigará espetáculos, mas também poderá receber eventos esportivos, sentido para o qual foi construído. Anualmente, o clube terá algumas datas reservas para utilizar o Gigantinho. Uma ideia de renovação automática do contrato, por mais 20 anos, foi descartada. O acordo valerá, inicialmente, até 2040. Podendo, é claro, ser prolongado no futuro.
O resumo disso tudo é que, finalmente, o Inter conseguirá dar destino ao Gigantinho, um espaço que consumia cerca de R$ 300 mil anuais e que, pelo seu estado de conservação, estava sendo subutilizado e destoava da arquitetura do Beira-Rio.