Barcelona e Juventus já fecharam a transação envolvendo a ida de Arthur para Turim e a chegada do bósnio Pjanic à Catalunha. Os dois jogadores já foram submetidos a exames neste domingo no JMedical, a clínica pertencente ao clube italiano. Os contratos também já foram fechados. O ex-gremista receberá salário de top de linha europeu na nova casa.
Serão 5 milhões de euros (R$ 30,62 milhões) anuais. O que dá um vencimento mensal de R$ 2,5 milhões – ou R$ 85 mil por dia, o que dá R$ 3,5 mil a cada hora. Por exemplo: se Arthur se deitar e dormir oito horas, acordará R$ 28 mil mais rico. Essa bolada toda, conforme o site italiano Calciomercatto pode aumentar, se ele atingir metas estipuladas em contrato.
Abrir o cofre foi a forma como Juve convenceu Arthur a trocar a mediterrânea Barcelona e o glamour do Camp Nou pela Itália. Tudo terá de ser anunciado até amanhã. É o último dia do ano contábil do clube catalão, e essa transação precisa estar registrada no balanço. É nesse movimento que o Grêmio presta atenção. Porque, a rigor, o negócio envolve a troca e jogadores, mais 10 milhões de euros (R$ 61,2 milhões) pagos pelos italianos.
Porém, para se enquadrar ao fair play financeiro, o Barça pode registrar apenas a venda de Arthur por 70 milhões de euros (R$ 428,7 milhões) no atual exercício. Seria em cima desse valor que o Grêmio receberia os 3,5% do mecanismo de solidariedade. O equivalente a 2,45 milhões de euros (R$ 15 milhões). Uma quantia substancial para o clube gaúcho. Mas apenas metade do novo salário de Arthur.
Polêmicas
Os últimos dias de Arthur na Catalunha prometem ser tensos. Primeiro, foi a declaração infeliz do técnico de Quique Setién, de que o meio-campista não seria o primeiro nem o último a chegar cheio de expectativa e sair sem corresponder. Setién causou mal-estar e teve resposta da mãe de Arthur no Twitter. Na mesma rede social, Víctor Font, candidato a presidente do clube no pleito de 2021 criticou a negociação envolvendo a ida e um meio-campista de 23 e a vinda de outro de 30.
O ex-jogador Calderé, em seu perfil, foi contundente ao analisar a transação em meio à temporada: "O que é isso? O que fazemos? Onde estamos? Até onde vamos? Não entendo nada!". Para onde vamos?. A pressa em fechar a negociação se explica por questões do balanço e do enquadramento no fair play financeiro. O jogador, que entrou faltando cinco minutos no sábado, cogita não atuar mais pelo clube, segundo o diário Sport. Mesmo que isso signifique ficar de fora dos jogos da Liga dos Campeões.