
O futuro do Gauchão começa a ser desenhado neste feriadão. No fim de semana, em videoconferência, o diretor-médico da FGF, Ivan Pacheco, conversará com os médicos dos 12 clubes do Gauchão. Na quarta-feira (6), dia seguinte à reunião com o governador Eduardo Leite, o presidente Luciano Hocsman, fará uma videoconferência com os clubes. A intenção é apresentar para eles pontos do protocolo elaborado pela Federação e que passou nesta quinta-feira (30) por alguns ajustes nas questões de logística dos clubes.
Em conversa com Pacheco, é possível antecipar alguns pontos que serão sugeridos aos clubes para que se tenha uma volta das atividades com mais segurança. Os jogadores serão orientados a manterem um distanciamento no vestiário, caso optem pelo uso. Alguns clubes, como o Grêmio, por exemplo, adotarão como prática que os atletas cheguem fardados para o treino e saiam do campo direto para casa. O banho será em casa. No caso da maioria dos clubes do Interior, em que os espaços físicos são menores, os atletas usarão o vestiário em pequenos grupos, de quatro ou cinco. Sempre com máscara, que só deverá ser tirada ao entrar em campo. O protocolo também aconselha que os clubes adotem das máscaras descartáveis.
A testagem dos atletas para a Covid-19 também será sugerida. No entanto, Pacheco reconhece nas dificuldades financeiras dos clubes menores o grande obstáculo. Ele ainda tentará com o presidente da FGF uma saída para que, pelo menos, uma parte dos custos sejam subsidiados. O que, dificilmente, acontecerá pelo alto custo. Um lote de 10 mil kits foi oferecido à Federação por R$ 1,6 milhão - cada teste custaria US$ 30.
Pesquisa
O plano de Pacheco é desenvolver uma pesquisa por amostragem em que de 20% a 30% dos jogadores sejam testados. Um primeiro exame seria realizado na retomada dos treinos, com uma repetição quatro ou cinco dias depois. Tudo isso, no entanto, ainda está em fase de análise.
O fato é que o futebol gaúcho se prepara para voltar sem a perspectiva de que essa caminhada seja feita pelo balizamento dos testes. O que, convenhamos, enuvia bastante a estrada que leva às sete últimas datas do Gauchão. Ou cinco, se o Caxias resolver tudo no returno.