A história de Carlos Vinícius é digna de livro. O centroavante de 24 anos, uma das sensações da temporada no Benfica, mudou radicalmente o rumo da sua carreira para alcançar o sucesso. Há quatro anos, ele era o sexto zagueiro do sub-20 do Palmeiras quando decidiu mudar de posição e virar atacante.
Apostou que seu 1m90cm seria mais útil fazendo gols em vez de evitá-los. Como camisa 9, Carlos Vinícius deixou o Palmeiras e rodou. Passou pela Caldense, do interior mineiro, e pelo Anápolis. Foi quando surgiu a chance de jogar em Portugal, no pequeno Real Sport Clube, da Segunda Divisão. Não titubeou e topou a aventura.
Acabou a temporada 2017/2018 como goleador, com 19 gols em 37 jogos. Saiu-se tão bem que o Napoli pagou 7 milhões de euros e levou-o para a Itália. Mas fez apenas a pré-temporada por lá. Voltou a Portugal, emprestado ao Rio Ave. Seus oito gols o levaram a fechar a temporada no Monaco. Lá, marcou apenas dois.
O suficiente para o Benfica desembolsar 17 milhões de euros por ele, assinar até 2024 e estipular sua multa rescisória em 100 milhões de euros (R$ 450 milhões). Carlos Vinícius, em nove jogos, já fez quatro gols — dois deles no 4 a 0 no Portimonense, na última quarta.
Em dois jogos da Liga dos Campeões, foi colocado no segundo tempo pelo técnico Bruno Lage. Nada mal para quem, em 2015, vivia sem muita perspectiva como sexto zagueiro do sub-20 do Palmeiras