
Um passo gigantesco numa noite em que o Inter foi premiado porque buscou o gol. Odair Hellmann mudou para a frente o time no segundo tempo, em busca de melhorar um rendimento que se sustentava apenas pela abnegação dos jogadores. Por isso, veio o gol.
Primeiro, Odair tirou Lindoso, debilitado, e colocou Nonato, aproximando-o de Edenilson na frente da área. Depois, quando D'Alessandro se esgotou, nada de um volante para fechar espaços. O escolhido foi Wellington Silva, jogador de drible, insinuante, agudo.
Pois foi a partir do pé dele que saiu o gol da vitória de 1 a 0 no centenário Parque Central. Dois dribles para dentro e o passe para Guerrero que, por um instante pareceu não acreditar na falha do zagueiro antes de arrematar para colocar o Inter com um pé nas quartas de final.
A vitória teve como diferença uma postura mais agressiva do Inter fora de casa. Mas também teve algumas brechas na marcação e desajustes defensivos. Mesmo com limitações técnicas, o Nacional criou, ameaçou e rondou a área do Inter.
Por falta desse refinamento dos uruguaios, por alguns momentos, o jogo ficou com uma cara de Gauchão daquelas, com muitos chutões e mais disposição do que qualidade. Só que Libertadores também tem essas noites. O Inter soube jogar e, por isso, chegou à terceira vitória fora de casa na Libertadores em quatro jogos. Agora, a decisão será no bafo do Beira-Rio. Com a vantagem do 1 a 0 e do gol feito fora de casa.