A questão Tardelli pode ter raízes mais profundas do que se imagina. O distanciamento entre o jogador e o contexto do Grêmio talvez seja reflexo de um comportamento do jogador que estranha até mesmo seu entorno. Segundo informações colhidas pela coluna com pessoas ligadas ao estafe de Tardelli, o atacante daria sinais de que existem problemas que podem ir além do físico e estejam ligados ao estado emocional.
Tardelli teria acusado as dificuldades de readaptação ao futebol brasileiro depois de quatro temporadas na China. Pensou que seria mais fácil a retomada e que entraria naturalmente no time. Em entrevista antes de pegar o Botafogo, no Rio, ele relatou conversa com o hoje comentarista Grafite, em que se espantava com a intensidade do jogos. Comparou que, antes de ir para a China, corria-se no Brasil seis ou sete quilômetros por jogo e, que hoje, essa rodagem não baixaria de 12 quilômetros.
Busca por ajuda
O baixo rendimento fez com que Tardelli se fechasse. Nas concentrações, passa mais tempo isolado e, para amigos, teria confidenciado que pensa em procurar ajuda psicológica. A falta de diálogo dele com Renato, que bancou sua vinda, e o comportamento distante foram as razões que fizeram o clube externar a situação. Acredita-se que, com uma cobrança da torcida, Tardelli possa dar a resposta esperada.
O jogador, depois de postagens enigmáticas no Twitter, com trechos bíblicos, no sábado à noite, depois de exposta a indignação do Grêmio, manifestou-se pelo Instagram. Revelou-se indignado por não dar resposta em campo, agradeceu a Renato e ao clube e prometeu reação em campo. Uma manifestação que não está em sintonia com aquilo que o Grêmio observa no dia a dia. O que pode sinalizar que, talvez, a raiz do seu problema seja mais profunda.