O Museu Histórico Farroupilha fica no município de Piratini, a primeira capital da República Rio-Grandense. Em um casarão construído em 1819, reúne mais de duas mil peças da época da guerra, entre 1835 a 1845. O visitante pode ver a bandeira farroupilha e até um passaporte usado para entrar no território dominado pelos revoltosos. Em exposição, está a urna eleitoral usada na eleição de Bento Gonçalves da Silva para presidente.
Desde 2021, o museu conta com a coleção TcheVoni, do colecionador Volnir Júnior dos Santos. São mais de mil peças doadas, entre livros, espadas, balas de canhão, documentos, moedas e itens comemorativos do período farroupilha. A instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) ocupa o prédio que pertenceu a Manoel Meirelles. No andar de cima, ficava a parte residencial. O térreo do sobrado era usado para comércio.
A diretora do museu, Luiza Rodrigues, conta que Meirelles era parente de Bento Gonçalves e cedeu o prédio no início da guerra. No local, os farroupilhas instalaram o Ministério da Guerra. O prédio também abrigou a primeira escola pública, com aproximadamente 60 meninos estudando.
Depois do fim da luta entre farroupilhas e imperiais, o prédio teve vários usos, desde residência familiar e até um prostíbulo. O último proprietário foi Florisbelo Cândido de Farias. Em 1953, o governador Ernesto Dornelles criou o Museu Histórico Farroupilha. A casa é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A última grande reforma ocorreu em 2011, mas a fachada é praticamente a mesma de 200 anos atrás.
Como visitar o Museu Histórico Farroupilha:
Dias e horários: terça a sexta, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h. Sábados, domingos e feriados das 14h30 às 17h.
Ingresso: gratuito
Endereço: R. Cel. Manuel Pedroso, 77, Centro, Piratini
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