O fotógrafo amador Jacob Prudêncio Herrmann deixou importante acervo de imagens do Rio Grande do Sul nas décadas de 1930 e 1940. Ele acompanhou as transformações das cidades, registrou o cotidiano e testemunhou eventos marcantes, como a grande enchente de 1941 e a passagem Graf Zeppelin, em 1934. Em breve, mais de mil fotos ficarão disponíveis gratuitamente para consulta em uma plataforma digital.
O projeto Jacob Prudêncio Herrmann – O Olhar Revisitado é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul. A iniciativa do Cineclube Torres é conduzida por uma equipe multidisciplinar, coordenada pelo artista plástico Jorge Herrmann, neto do fotógrafo.
— Meu avô era sensível e curioso, um fotógrafo de fim de semana. Ele sabia que documentava as coisas para a posteridade — conta o neto.

Morador de Porto Alegre, Jacob Prudêncio Herrmann (1896-1967) era contador. Ele trabalhava na fábrica de bebidas do sogro, Jorge Thofehrn, no bairro Floresta.
Herrmann e a esposa, Hedwig Thofehrn, tiveram três filhos. Em 1929, em viagem à Alemanha, ele comprou uma câmera Zeiss Ikon e já começou a fotografar por lá. O acervo tem ainda registros de Porto Alegre, do Litoral Norte, do interior do Estado e do sul de Santa Catarina.
O lançamento do projeto ocorrerá no dia 24 de abril, às 18h30, no Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.