A ex-presidente Dilma Rousseff ressurgiu nas redes sociais para defender a cineasta Petra Costa das críticas feitas pelo apresentador Pedro Bial e pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) do governo de Jair Bolsonaro ao documentário Democracia em Vertigem — disponível na Netflix e que narra o impeachment da petista em 2016. No Twitter, o governo Bolsonaro chamou Petra de "militante anti-Brasil" e afirmou que ela construiu uma "narrativa cheia de mentiras"
Em reação, a ex-presidente também foi às redes. Dilma classificou a fala de Bial como "grosseria misógina e sexista" e afirmou que o governo Bolsonaro praticou "intolerável agressão oficial", em alusão à postagem em conta oficial da pasta.
A entrevista de Bial foi ao ar no programa Timeline, da Rádio Gaúcha. O jornalista, que atualmente ancora o programa Conversa com Bial, na TV Globo, chamou de "insuportável" a "narração miada" de Petra Costa. Ele afirmou ainda que a história do impeachment é narrada com um "non sequitur" atrás do outro — ou seja, quando há falta de conexão entre a premissa inicial e a conclusão sobre um episódio.
— É uma menina querendo dizer para a mamãe dela que ela fez "tudo direitinho", que ela está ali cumprindo as ordens de mamãe, a inspiração de mamãe. "Somos da esquerda, somos bons". "Nós não fizemos nada, nós não temos que fazer autocrítica". "Foram os maus do mercado, essa gente feia, homens brancos que nos machucaram, nos tiraram do poder". Porque o PT sempre foi maravilhoso e o Lula sempre foi incrível — disparou.
A ex-presidente também mencionou o uso de uma conta oficial do governo Bolsonaro — no caso, da Secretaria de Comunicação — que criticou Petra Costa por suas entrevistas a programas de fora do Brasil, com falas contrárias ao presidente.