As obras prioritárias que foram incluídas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já são conhecidas pelos gaúchos. Duas delas, inclusive - barragens do Arroio Jaguari e do Arroio Taquarembó -, tiveram ordem de início dada pelo presidente Lula nos seus governos anteriores.
Outras três construções - duplicações da BR-116 e BR-290; e construção da nova ponte do Guaíba - receberam autorização para começarem durante a gestão de Dilma Roussef. Somente uma delas foi iniciada durante o governo de Jair Bolsonaro - melhorias na BR-116 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo -, mas a licitação que contratou a empresa responsável pelas obras ocorreu ainda na primeira gestão de Lula.
Mais do que anunciar novamente que elas têm a atenção especial do governo federal, o que estas construções precisam é de continuidade. O dinheiro destinado a elas não pode ser redistribuído a cada novo revés no orçamento. Se elas foram escolhidas como prioritárias, assim elas precisam permanecer até serem concluídas.
Além de anunciar obras em andamento, também foram incluídas melhorias que ainda estão em fase de projeto, como o prolongamento da BR-448 até Portão e as novas pontes ligando o Brasil aos países vizinhos do Uruguai e a Argentina. Mas as obras não dependem só de dinheiro. É necessário resolver um problema que está afetando a construção civil no Brasil. A falta de mão de obra tem atrapalhado o ritmo dos trabalhos, inclusive aqui no Rio Grande do Sul.
Quando cada obra começou:
- Barragem do Arroio Jaguari = 2007 (16 anos)
- Barragem do Arroio Taquarembó = 2008 (15 anos)
- Duplicação da BR 116, entre Guaíba e Pelotas = 2012 (13 anos)
- Nova Ponte do Guaíba = 2014 (11 anos)
- Duplicação da BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantâno Grande = 2014 (11 anos)
- Adequação da BR-116 no Vale do Sinos = 2021 (2 anos, mas licitação foi realizada em 2010)