Mesmo que o assunto tenha diminuido, as luzes continuam sendo avistadas no céu do Rio Grande do Sul. O último registro ocorreu na madrugada de quinta-feira (15), mais precisamente às 3h18.
A captação foi feita pelo Observatório Heller & Jung, de Taquara. O vídeo mostra um brilho, com intensidade além do normal.
A luminosidade é causada pelo reflexo momentâneo do sol no satélite militar americano Milstar 3 - designação internacional 1999-023A. Ele estava a uma altitude de 2.201.928 km.
- Isto já mostra a intensidade luminosa produzida quando ele foi iluminado pelo sol ao ser registrado pela Câmera 19 do Observatório. O satélite foi registrado no azimute de 26,87 graus, quase ao Norte, com uma elevação de 38,06 graus - explica o professor Carlos Jung, que também é coordenador do curso de Engenharia de Produção das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat).
Ainda de acordo com o professor, o equipamento faz parte de um conjunto de satélites multisserviço tático e estratégico projetado para fornecer comunicações de sobrevivência para as forças dos Estados Unidos em todo o mundo. O programa é gerenciado pelo centro espacial e de mísseis da Força Aérea americana.
Como gravar as luzes
O professor Jung esclarece que qualquer "luz misteriosa" avistada, antes de ser atribuída a qualquer objeto não identificado - seja de origem terrestre ou extraterrestre (ovnis), precisa passar uma análise científica para ser classificada. Para tanto, é necessário que a gravação não esteja tremida ou fora de foco. A partir disso são buscacadas fontes de informações, com softwares especializados, o que requer tempo.
- As pessoas podem contribuir registrando qualquer luz emitida por um objeto procurando estabilizar seu celular para a imagem não ficar tremida, aguardar que o foco automatico seja realizado pelo equipamento e anotar a direção, hora e data deste registro. (Deve) procurar enviar para quem realiza estudos de forma científica e que não esteja envolvido emocionamente com o fato - esclarece o professor.