Com trabalhos inclusive aos finais de semana e feriados, as obras de duplicação da BR-116 no trecho de competência do Exército vêm avançando. No sábado (22), as equipes do 1º Batalhão Ferroviário realizava lançamento da terceira camada de asfalto no quilômetro 337, próximo de Sertão Santana.
Na quarta-feira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) repassou novo aporte ao Comando Militar do Sul (CMS). Foram liberados R$ 18 milhões. Dessa forma, as obras lotes um e dois, em Guaíba, vão prosseguir sem interrupção ao menos até outubro.
Duas entregas de trechos duplicados já ocorreram durante os dois anos de atuação do Exército na região. A primeira, em abril de 2020, permitiu a liberação de 5 quilômetros. Em dezembro, outros 10,5 quilômetros.
Restam ainda 35 quilômetros para serem finalizados. E, destes, um novo trecho será liberado em julho, segundo projeção, entre os quilômetros 330 e 340.
Além deste, o 1º Batalhão Ferroviário prevê entregar o viaduto de Barra do Ribeiro, no quilômetro 320, em setembro. Em dezembro, um novo trecho, entre os quilômetros 340 e 351 estarão prontos. Quando isso ocorrer, todo o lote dois estará pronto.
Para 2022 restarão 14 quilômetros e os viadutos viadutos Guaíba e Pedras Brancas para serem finalizados. Pela projeção do CMS, eles deverão ser concluídos no primeiro semestre de 2022. Atualmente, 248 militares trabalham na obra.
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
Dos 211,2 quilômetros em obras, os usuários da rodovia já usufruem de 121,9 quilômetros de pistas duplicadas. Isso representa 57,7% do trecho com pista dupla pronta. A expectativa do Dnit é concluir os 89,3 quilômetros da rodovia em 2022.
Os contratos da duplicação foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a obra já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto. As obras entre Guaíba e Pelotas começaram em 2012 e deveriam durar dois anos.
Em agosto de 2020, o comandante Militar do Sul, general Valério Stumpf, ofereceu os militares do CMS para desenvolver mais obras ao Dnit no Rio Grande do Sul. Porém, a autarquia ainda não respondeu ao questionamento.