Empresários e moradores assumiram os custos de mais uma etapa da construção da passagem de nível da Avenida Cristóvão Colombo, na zona norte de Porto Alegre. Desde segunda-feira (11), máquinas da prefeitura trabalham em uma das últimas duas alças de acesso que ainda não foram concluídas.
O serviço se concentra na alça mais ao norte, que dará acesso para quem está na Avenida Cristóvão Colombo e pretende seguir em direção ao aeroporto Salgado Filho pela Terceira Perimetral. Neste momento está sendo feito o serviço de terraplanagem. Os trabalhos devem durar até o fim de abril.
"Eles doaram formas, ferragem e concreto e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) entra com todo equipamento e mão de obra necessária", informa a prefeitura por meio de nota.
Essa é a segunda parte da obra que está sendo assumida pela comunidade. A primeira foi a pavimentação de 50 metros da Cristóvão Colombo e a finalização do muro de contenção da trincheira. Os trabalhos ocorreram entre dezembro e março.
Para que a passagem seja liberada para os veículos, os empresários ainda vão doar placas de trânsito, que serão instaladas pela EPTC. As tintas que serão usadas para sinalizar as pistas já foram entregues. A expectativa é que a liberação do trânsito ocorra até 25 de março.
Mesmo com mais essa parte da obra sendo executada pela comunidade, a prefeitura informa que seguirá com a intenção de realizar a licitação para finalizar a travessia que estava prevista para ser inaugurada na Copa de 2014. Falta ainda finalizar a última das quatro alças, construir muros, calçadas e alargar a Cristóvão Colombo, além de fazer a sinalização definitiva da obra.
A obra ficou parada durante dois anos. Ela só foi retomada após mobilização da comunidade, iniciada no fim de novembro, e é capitaneada pelo empresário Eduardo Estima.
Segundo dados da prefeitura, a construção da passagem de nível parou em outubro de 2016 com 85% de execução e precisa passar por nova licitação. O consórcio formado pelas empresas EPT, Serenge e Serki desistiu da obra. A alegação dada à prefeitura foi dificuldades financeiras.
O contrato para execução dos trabalhos foi assinado em agosto de 2012. A ordem de início foi dada somente em março de 2013, e a previsão era realizar o serviço num prazo de um ano. Só que os desvios no trânsito começaram apenas em julho daquele ano, e as obras tiveram início depois que os jogos deixaram Porto Alegre.