Para comprovar que, na essência, não mudamos, David Hume, já em 1738, no seu Tratado da Natureza Humana, fez uma observação que define a índole média das pessoas do bem: "Ninguém é completamente indiferente à felicidade ou à miséria dos outros". Algumas pessoas entendem que isto não é uma virtude, mas sim um sentimento, que pode receber a denominação de empatia. Curiosamente, há mais discrepância em relação à felicidade do que à desgraça, ou seja, estamos mais condicionados à solidariedade na dor do nosso vizinho do que na exaltação de suas conquistas. É verdade que aqui entra a inveja como um componente contaminador dos afetos mais nobres, impondo que a felicidade alheia seja interpretada como uma afronta.
Palavra de médico
Faça sucesso com moderação
Estamos mais condicionados à solidariedade na dor do que nas conquistas
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