O leitor conhece a trabalheira que um motorista tem para conseguir atuar num táxi em Porto Alegre? É jogo duro. O aspirante a taxista precisa de requerimento assinado pelo permissionário e pelo condutor (reconhecido em cartório), pagar taxa de emissão de ICTP (Identidade de Condutor do Transporte Público), necessita ter Alvará de Folha Corrida e Negativa Criminal Estadual e Federal, comprovante de aprovação no curso de formação (de 50 horas) exigido pela legislação municipal, comprovante de residência no Rio Grande do Sul, comprovantes de inscrição no INSS, exame toxicológico a cada 12 meses e, em alguns casos, curso de ponto fixo e turismo (16 horas). Pois um grupo de condutores dribla essas exigências, mediante um simples estratagema: a negociação direta de viagens com o passageiro. Sem burocracia, sem fiscalização e sem permissão, como mostra reportagem dos colegas Alberi Neto e Camila Hermes, do Grupo de Investigação da RBS (GDI), veiculada em GZH nesta quarta-feira (27).
Estratagema
Análise
A mágica do transporte clandestino, sem taxas e sem satisfação ao poder público
Negociação direta e sem fiscalização caracteriza esquema de viagens por carro, sem autorização, mostrada pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI)