A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Criado no interior do Rio Grande do Sul, o Projeto Flores Para Todos chega ao seu sétimo ano fazendo jus ao seu nome. Com recorde de participações renovado a cada edição e presença consolidada nacionalmente, a iniciativa floresceu em todo o país. Até agora, já inseriu, de forma gratuita, a floricultura como uma fonte de renda para 404 famílias rurais e 71 escolas do campo em 221 municípios em 21 Estados, além do Distrito Federal.
Mas, afinal, qual é a receita deste sucesso? Ou melhor, o "adubo"? Para Nereu Augusto Streck, coordenador nacional do projeto e professor do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFSM), tem a ver com a forma como a iniciativa foi criada, a partir de uma parceria entre instituições públicas de ensino, extensão e pesquisa:
— Todos os múltiplos atores têm a mesma importância. Desde o produtor, que é valorizado com técnicas profissionais de cultivo, até os coordenadores regionais e extensionistas da Emater, que fazem todo um trabalho de seleção e acompanhamento junto aos produtores e às escolas.
Iniciada neste semestre, a 15ª edição não deve ser diferente. Nela, está prevista a participação de 61 famílias rurais e 16 escolas do campo de 73 municípios em oito Estados. Para florir as suas propriedades — e criar uma fonte de renda extra —, os produtores receberão sementes de gladíolos, statices, girassóis, dálias e ornitogalos — e toda a assistência técnica necessária para o cultivo.
— Desta vez, vamos investir mais na cadeia de comercialização e na arte floral, já que projeto já está bem forte na produção. É assim, vamos aprimorando edição após edição — acrescenta Streck.