A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Em reação à tarifa zerada de importação de azeite de oliva, o setor produtivo brasileiro cobra, agora, uma compensação ao governo federal. Deputados buscam, nesta semana, em Brasília, uma agenda com o Ministério da Agricultura para tratar da possibilidade de uma "isonomia fiscal", a pedido do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).
Na prática, a reivindicação é para a liberação de impostos sobre o azeite de oliva brasileiro exportado, quando chega ao destino final.
Renato Fernandes, presidente do Ibraoliva, justificou à coluna. Na sua avaliação, não há um "tratamento igual" entre o produto exportado e aquele que é importado:
— Esse azeite importado passa a ter um incentivo onde não é sequer fiscalizado de forma efetiva. Em contrapartida, o azeite brasileiro é taxado nos principais mercados consumidores, com altas alíquotas de impostos.
No entanto, apenas 1% do que é consumido no Brasil é produzido no país. Ainda assim, Fernandes argumenta que a medida prejudica o setor porque "desincentiva o produtor, que quer ampliar sua produção em área".
Em Brasília, a mobilização está sendo feita pelos deputados Alceu Moreira, Pedro Westphalen e Afonso Hamm, Marcel van Hattem e Paulo Pimenta.
Para lembrar
A medida de isenção do imposto de alimentos importados entrou em vigor na última sexta-feira (14) e busca, de acordo com o governo federal, baratear o preço de produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.