
É com a precisão dos números que a indústria de máquinas agrícolas do Rio Grande do Sul quer orientar ações do segmento dentro e fora de casa. Não por acaso, escolheu a Expodireto Cotrijal como palco para lançamento de uma plataforma que reunirá dados setoriais. Elaborada em parceria com a área internacional da Federação e do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), trará acesso a estatísticas de exportação, importação, empregos, número de empresas do setor e específicas do ramo de irrigação.
— Foi um trabalho "a quatro mãos", a ideia era realmente tentar reunir em uma única plataforma informações sobre máquinas agrícolas. É uma maneira de medir a relevância do setor — explica Marina Finestrali, analista de inteligência da área internacional da Fiergs.
Peso que vem da produção em si e de efeitos multiplicadores, como o da geração de vagas de trabalho. A plataforma, já disponível para indústrias e que será aberta para o público em geral em breve, aponta, por exemplo, que entre as quatro cidades do país com maior número de trabalhadores no setor, três são do Estado. A primeira posição fica com o município de Panambi: 5.770 (conforme dados de 2023).
Para a compilação, têm sido usadas estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento e do IBGE. Claudio Bier, presidente da Fiergs e do indicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), entende que a ferramenta fará uma "radiografia" da realidade do setor, podendo auxiliar nas análises e comparativos, dando apoio à tomada de decisão.
Depois de experimentar uma expansão na sequência da pandemia, com aumento ds podução e geração de vagas de emprego, a indústria de máquinas vem ajustando a demanda à realidade. No ano passado, segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea), as vendas caíram 19,8% na comparação com as de 2023. A projeção, neste ano, é de que haja uma estabilização, com efeitos também na geração de vagas.