A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

É embaixo das bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil, hasteadas no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, que o Movimento SOS Agro RS inicia mais um capítulo da sua mobilização nesta sexta-feira (14). A reivindicação, no entanto, segue a mesma: o alongamento das dívidas rurais, após sucessivas quebras de safra por problemas climáticos no Estado.
Pela manhã, a partir das 10h, Graziele Camargo, uma das coordendoras do movimento, espera a concentração de milhares de agricultores no local.
Já à tarde, o objetivo será ecoar a demanda do setor produtivo do lado de fora de uma audiência pública do Senado Federal, marcada às 14h, na feira. O ato está sendo organizado por entidades do setor produtivo como a Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Além da securitização das dívidas, a audiência, que promete reunir representantes dos Três Poderes, do agronegócio e especialistas, debaterá o novo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). No caso desta política, as regras de cobertura foram alteradas pelo Conselho Monetário Nacional no início de janeiro.
— É o que nós estamos pedindo desde o ano passado, na Expointer: a securitização. Porque, realmente, o produtor não tem mais fôlego para se manter — reforça Graziele.
Representativa do agronegócio gaúcho, a Farsul é uma das entidades que participará da reunião, à tarde. Para Gedeão Pereira, presidente da federação, será "um encontro de pressão":
— Vamos falar sobre o tamanho da dificuldade dos produtores rurais. Mas a solução não passa aqui. Passa pelo governo federal.