A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A crise do ovo nos Estados Unidos abriu espaço para a exportação brasileira. Em meio à influenza aviária, o país quase dobrou o volume importado da proteína em fevereiro. Conforme dados divulgados nesta semana pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram 503 toneladas embarcadas aos norte-americanos, alta de 93,4% frente ao mesmo período do ano passado.
A necessidade norte-americana de repor o produto no mercado interno fez, inclusive, o Brasil bater recorde no volume exportado para o mês.
— O Brasil tem sido, digamos assim, a salvação, a alternativa para países como os Estados Unidos, que têm (vivido) problemas sérios de influenza aviária — analisou José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Ainda assim, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, pondera:
— (A exportação brasileira de ovos) representa menos de 1% do total produzido (da proteína) no Brasil.
Santos também lembra que este é um cenário provisório, afinal, os Estados Unidos são um "potencial produtor, consumidor e exportador":
— São fatores sazonais. Em uma hora, terão uma solução.