A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Ainda que siga em alta nas gôndolas dos supermercados, o preço do ovo está mais perto da sua estabilização do que em janeiro, quando iniciou a sua trajetória de valorização. É o que projetou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, ao Campo e Lavoura deste domingo (16), na Rádio Gaúcha.
Na sua avaliação, a tendência é de que os preços se estabilizem encerrando a Quaresma, no dia 17 de abril:
— Nesta época, as temperaturas já terão recuado. É por isso que eu digo: são vários fatores (que levaram à alta do preço do ovo), e eles não são eternos.
Representando o setor nacionalmente, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) já havia feito essa ponderação, de que a alta seria "sazonal".
Para lembrar
O preço dos ovos no Brasil começou a aquecer em janeiro, em meio à crescente demanda e à baixa oferta da proteína no mercado nacional e internacional.
No mundo, nesta época, o cenário de influenza aviária nos Estados Unidos se agravou. Desde então, o país dizimou milhares de aves, o que fez com que surgisse a necessidade de repor a proteína no mercado interno norte-americano. Entre os países que estão colaborando com esse reabastecimento está o Brasil.
Já no Rio Grande do Sul, Santos acrescenta, a alta também foi embalada pelo calor excessivo dos últimos dois meses e o impacto econômico com a enchente e com a detecção de um caso de Newcastle em Anta Gorda, no Vale do Taquari.