
A Expodireto Cotrijal, que começa na segunda-feira em Não-Me-toque, norte do Estado, chega à 25ª edição com uma "cara" muito diferente do primeiro ano. A transformação da feira e a expansão dos números (de expositores, visitantes e negócios) nesse curto espaço de tempo é proporcional à velocidade de evolução tecnológica do agro.
O dinamismo da inovação fez com que o setor saísse da era manual para a da inteligência artificial, amplificando resultados. Presidente da feira e da cooperativa, Nei César Mânica aposta nessa ferramenta como destaque da edição deste ano.
A 1ª edição, em 2000, teve 114 expoditores em uma área de 32 hectares. A feira terminou com 41,1 mil visitantes e R$ 21 milhões (valor nominal). No ano passado, somou 577 expositores em uma área de 131 hectares. Um total de 377,6 mil pessoas passaram pelo parque, com um volume de propostas chegando a R$ 7,92 bilhões.
_ Quando iniciamos, era uma feira estadual, depois se posicionou como uma das principais do agro brasileiro e mundial. Porque lá na 1ª edição, tivemos a clareza de definir que seria uma exposição de tecnologia, inovação e oportunidade _ avaliou Nei César Mânica sobre a exposição.
Claudio Bier, atual presidente da Fiergs, que terá seu nome gravado na calçada da fama do agro, no parque da Expodireto (leia mais ao lado), lembra da criação do evento:
_ O Nei chegou lá no sindicato (Simers, da indústria de máquinas), com um monte de canudos embaixo do braço pedindo apoio para fazer a primeira feira, que era uma incógnita.
Meio quarto de século depois, a exposição tem lugar garantido no calendário de grandes eventos do setor e segue deixando, ano a ano, marcas que espelham a realidade produtiva. Não será diferente em 2025, quando a necessidade de dar solução ao passivo acumulado em anos consecutivos de estiagem e cheia se impõe. E estará certamente na pauta de reivindicações de produtores _ outra característica da exposição.
IA, estreia da Índia, considerada "a nova China" em oportunidades e a securitização estão entre os itens do que ficará para a memória do ano 25.