A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Quatro gerações de uma família de produtores rurais ajudam contar parte da história dos 253 anos de Porto Alegre, completados nesta quarta-feira (26). Situada à beira do Arroio Lami, a propriedade é uma das mais antigas em atividade na zona rural da capital gaúcha, que é a terceira maior entre as brasileiras. Mais do que o uso da terra, que já fez germinar ameixa, pêssego, cebola, cenoura e beterraba, são as mudanças do cenário no entorno que chamam a atenção.
— As lavouras vizinhas, que ficavam em volta da propriedade, não existem mais. Antes, era tudo área rural. Hoje, a cidade avançou (nesse espaço) — observa o produtor Tiago da Rocha, 35 anos, que faz parte da quarta geração da família.
O que fez Tiago ficar foi, justamente, o seu apego à terra, que carrega a história da família. A propriedade de sete hectares vem de uma herança do seu pai, que passou do seu avô e, antes ainda, do seu bisavô.
— É o que o meu pai fazia, o meu avô. A agricultura é o que eu sei fazer — acrescentou à coluna.
Atualmente, Tiago cultiva hortaliças e leguminosas em 2,5 hectares da propriedade. Todo o volume é direcionado ao abastecimento da Centrais de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS).