A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
![Renan Mattos / Agencia RBS Renan Mattos / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/7/8/8/7/1/1/5_28778903677d170/5117887_0730d62c2a67b02.jpg?w=700)
À medida que os pingos de chuva voltam a cair sobre o Rio Grande do Sul, germina, novamente, a esperança dos produtores rurais de uma colheita melhor — ou menos pior — do que até então se desenhava. As precipitações interromperam 11 dias de irregularidade climática no Estado — marcada por uma combinação de tempo seco e calorão. E devem manter presença até a próxima semana.
Em regiões como as Missões, Planalto, Litoral Norte, Campanha e Zona Sul, a água vem como alento para as lavouras.
— Nesses locais, a chuva vai beneficiar principalmente a soja. Porque está na hora da cultura ganhar corpo — analisa Flavio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) da Secretaria Estadual da Agricultura.
Assistente técnico em culturas da Emater, Alencar Rugeri concorda:
— A água que veio, e a que virá interrompe, momentaneamente, o dano que a estiagem causa na lavoura. Agora, toda a chuva é bem-vinda.
Mas, lembra Varone, também não fará milagre. Nas áreas onde já há perdas consolidadas, "não tem volta":
— Em regiões como a Fronteira Oeste e Central, a chuva que cair não vai recuperar recuperar. É mais água que pode regular o regime hídrico do solo, que vai para reservatório.
Mesmo com a volta da chuva, a estiagem continua de forma regionalizada no Estado.