A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
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Vem da região de Machadinho a primeira erva-mate gaúcha a ganhar uma grife própria — a certificação de Indicação Geográfica, na modalidade Indicação de Procedência. A novidade chegou neste mês para o chimarrão, o tereré e chá mate tostado de 11 municípios, que agora têm um selo exclusivo que identifica de onde foi colhido o ingrediente.
Para a coordenadora de tecnologias portadoras de futuro do Sebrae Nacional, que assessora esse trabalho, Hulda Giesbrecht, é um diferencial para o produto ter uma marca como essa, de território:
— Ao comprar produtos com IG, o consumidor tem a garantia da qualidade, da origem e da reputação. Diferenciais que agregam valor e aumentam a competitividade desses pequenos negócios rurais.
Coordenador da Câmara Setorial da Erva-Mate da Secretaria Estadual da Agricultura, Ilvandro Barreto acrescenta:
— Essa notícia é a certeza da evolução do setor no Rio Grande do Sul, com cinco grandes regiões ervateiras que tem características próprias, formas distintas de trabalhar a erva-mate, terroirs diferentes, criando uma possibilidade imensa de diversificação de produtos oferecidos aos consumidores.
A grife foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) à Associação dos Produtores de Erva-mate de Machadinho (Apromate).
No cardápio gaúcho, o Estado chega agora a 14 produtos com esse selo exclusivo. Entre eles, vinhos e espumantes, arroz, carne bovina e os doces de Pelotas.
Em todo o Brasil, esta é a segunda produtora de erva-mate a ter o reconhecimento do INPI. A primeira vem do Paraná.