A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
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A crise do ovo nos Estados Unidos abriu espaço para a entrada da proteína gaúcha em território americano. Com o agravamento da influenza aviária no país, que já matou milhares de aves, e a falta recorrente de ovos nas prateleiras dos supermercados, o setor produtivo do Rio Grande do Sul projeta, agora, crescimento nas suas exportações, embalado pelo desabastecimento americano.
De acordo com o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, ao Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha, a demanda por exportação entre as indústrias gaúchas tem crescido "dia após dia". "É uma oportunidade", argumenta:
— A partir do momento que o Brasil se apresenta em países para onde ele já exporta com uma cota maior ou para novos países, a tendência é de fidelizar (o consumidor local).
O cenário é ainda mais emblemático, continua Santos, considerando que os Estados Unidos é um grande produtor. E que compete, inclusive, com o Brasil no mercado chinês, por exemplo que consome muito a proteína.
Ainda assim, Santos reforça que não vai faltar produto no Rio Grande do Sul:
— A indústria de ovos se tecnificou e se profissionalizou para isso (ampliar as exportações, sem comprometer o abastecimento do mercado interno).
Em plena expansão, a exportação gaúcha de ovos cresceu 4,3% em 2024, com 6,5 mil toneladas da proteína embarcada.