É da serra gaúcha o rótulo que carrega o título de espumante oficial do Planeta Atlântida. E mais do que um produto de qualidade à venda, a Cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, quer levar ao espaço do festival experiências. Na área Premium, haverá um estande "instagramável", antecipa Rodrigo Arpini Valerio, diretor de Marketing e Vendas:
— Foi todo pensado para que as pessoas queiram usar o espaço para bater uma foto.
O dirigente acrescenta que a participação reforça a imagem de marca moderna, próxima do consumidor e com um olhar atento também aos jovens da geração Z. Um grupo que valoriza sustentabilidade, experiências compartilhadas e que está mais aberta a "experimentar sabores".
Carro-chefe da vitivinicultura brasileira — mais de 80% da venda e consumo da bebida são de rótulos nacionais, o espumante também tem um peso importante na atividade. Depois de anos de recuo em meio à pandemia, retomou o espaço às mesas. A Aurora fechou 2024 com alta de 15% na comercialização do produto.
— Efetivamente, colocamos o pé fora da pandemia. Os espumantes são o presente muito forte, mas também o futuro — avalia o diretor.
Vindima
Em plena vindima, que deve se estender até meados de março, a cooperativa vinícola projeta uma safra de 75 milhões de quilos de uva. Um volume que indica normalidade — a Aurora já chegou a receber 90 milhões de quilos — , depois de uma queda de 28% no ano passado. As condições também têm favorecido a qualidade da produção.
— Com calor de dia, e à noite uma refrescada, sem chuva, se desenvolveu bem, teve muito pouca perda — explica Valerio.
O efeito se deu em propriedades afetadas pela catástrofe climática de 2024. Estima-se que entre 1 milhão e 1,5 milhão de quilos deixarão de ser recebidos por perdas de produtores.
No Estado, a projeção da Emater é de uma produção de 860 mil toneladas de uva, aumento de 55% em relação ao ciclo anterior e de 5% na comparação com uma safra “normal”.