Se no campo as condições climáticas não foram as mais favoráveis para o tamanho da safra, no quesito qualidade, o azeite de oliva extravirgem produzido no Rio Grande do Sul segue contabilizando conquistas. A mais recente vem do Extra Virgin Olive Oil World Ranking (EVVO) (Ranking Mundial do Azeite de Oliva Extra Virgem, em inglês): duas marcas gaúchas estão entre as cinco mais premiadas em 2024.
Em quarto lugar ficou a Prosperato, de Caçapava do Sul. A empresa somou 4.075,25 pontos com 78 prêmios obtidos em 10 concursos. Em seguida, na quinta colocação, ficou a Estância das Oliveiras, de Viamão, que teve 3.561,5 pontos em 68 prêmios e 16 avaliações.
— As premiações servem para confirmar o que estamos dizendo sobre qualidade. A primeira vez em um concurso foi em 2016, na Itália, e me lembro como foi uma mudança de chave sobre a qualidade dos azeites — diz Rafael Marchetti, diretor e mestre de lagar da Prosperato, sobre o papel do reconhecimento.
Esses reconhecimentos servem como uma referência, um balizador da olivicultura, que tem no Rio Grande do Sul o maior produtor nacional.
— Nosso objetivo não é colecionar medalhas ou prêmios, mas, sim, colocar o nosso azeite à prova, ver em que régua está a nossa qualidade — reforça Rafael Koelzer, sócio-diretor da Estância das Oliveiras.
Ao todo, sete rótulos brasileiros aparecem na lista das cem marcas mais premiadas do mundo. O EVOO World Ranking tem outros recortes, como o dos países mais premiados, em que o Brasil ocupa a quinta colocação.
Esses reconhecimentos referem-se à safra de 2024, ou seja, aquela que está no mercado. Em volume, foram produzidos 220 mil litros de azeite — metade do potencial alcançado em outras safras, de 500 mil litros, segundo o Ibraoliva.
Sobre o ranking
- O EVVO World Ranking é uma organização independente
- Só são considerados prêmios de avaliação presencial e há vários critérios
- As premiações conquistadas geram notas, que são somadas
- Nesse ranking, por exemplo, só duas premiações no mundo têm nota 10