A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com a participação recorde de animais e vendas superiores a R$ 1,2 milhão, a Agrovino, feira realizada em em Bagé, na Campanha, se credencia como a "Expointer de verão" para criadores gaúchos de ovinos. A 17ª edição, encerrada no domingo (19), foi um termômetro.
— Muitos dos animais que saem premiados na Agrovino são os mesmos que, daqui alguns meses, estarão disputando roseta em Esteio — diz Gustavo Velloso, presidente da Associação Bageense dos Criadores de Ovinos (Abaco), em relação à Expointer.
Apesar dos remates não terem encerrado com pista limpa (ou seja, venda de 100% da oferta), o valor médio pago por animal cresceu. Na última edição, foram 2 mil ovinos comercializados e R$ 1,5 milhão faturados. Neste ano, fechou com 1 mil ovinos e R$ 1,2 milhão em receita.
Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, existe uma série de fatores que justificam o título informal de "Expointer do verão". A começar pela estrutura física do parque da Associação Rural de Bagé, onde ocorre a Agrovino. A realização de exposições nacionais de raças durante a programação da feira, a busca crescente por melhoramento genético e o fato de Bagé contar com rede hoteleira são outros fatores.
— Vieram até pessoas de outros lugares, de Santa Catarina, do Paraná, do Uruguai e da Argentina — dimensiona Gressler.