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A catástrofe climática vivida pelo Rio Grande do Sul deu o tom da abertura do 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio, nesta segunda-feira (5), em São Paulo. Primeiro a se manifestar, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, destacou a relevância do Estado no cenário produtivo nacional e enfatizou a "garra" do povo gaúcho diante da tragédia.
— E (os gaúchos) não podem ser ao país nada menos que a primeira prioridade — emendou.
Um vídeo com dados e imagens da cheia que arrasou o Estado foi exibido. Presente à cerimônia, o governador Eduardo Leite agradeceu o apoio recebido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de todas as unidades da federação:
— Esses apoios nos ajudam não só materialmente, mas também na injeção de ânimo, de moral, para um povo que passou por tanta provação.
Leite reforçou com números a abrangência da catástrofe, citando que mais de 200 mil propriedades foram afetadas. E aproveitou a presença do assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin, representando o chefe da pasta, para reforçar a cobrança por medidas de apoio ao agro gaúcho. Segundo o governador, o Planalto "ainda não apresentou soluções eficazes em relação à tragédia gaúcha".
— A situação é dramática, vai exigir medidas muito mais profundas do que as que foram apresentadas até agora. Há uma mobilização legítima na base. Há o SOS Agro, clamando por apoio mais efetivo, clamando por crédito para a retomada do agro gaúcho — disse Leite, em referência ao movimento que prepara para quinta-feira (8) um "tratoraço" na Capital.
Minutos antes, Tete, como é conhecido o assessor especial do ministério, havia falado sobre a mobilização para auxiliar o Estado:
— Contem conosco. Eu sei que a velocidade e a necessidade são maiores do que o que a gente consegue fazer, mas somos completamente solidários.
Assista ao vídeo durante a abertura
* A colunista viajou a convite da Associação Brasileira do Agronegócio.