A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

"Até pena de galinha" entrou na lista de produtos exportados pelo agronegócio brasileiro. A frase foi dita pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante o anúncio do Plano Safra 2024/2025, e se referia ao recém-aberto mercado de penas de aves para Hong Kong. A aprovação sanitária para a comercialização foi comemorada pelo governo federal e setor produtivo na ocasião.
— Agora não estamos mais vendendo só a carne, vamos vender a pena também. Até pena de galinha! — falou Fávaro.
De acordo com a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), as penas são utilizadas para enchimento ou estofamento, em produtos de isolamento térmico e acústico ou como matéria prima na produção de farinhas utilizadas na alimentação animal. No caso do Rio Grande do Sul, as últimas exportações de pena tiveram como destino Chile, Vietnã, Tailândia e Peru.
Agora, ter Hong Kong como cliente é "muito interessante", afirma José Eduardo Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), por ser um "hub dentro do continente asiático".
— Hoje se aproveita tudo do animal. E, como o Brasil produz proteína em larga escala, esse subproduto acaba sendo demandado também — acrescenta Santos, sobre a exportação de penas.