A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Não é banho de ouro nem diamantes incrustados na pele. O que fez um touro que vai participar da 46ª Expointer ser avaliado em R$ 1 milhão é outra “joia”: a genética.
Chamado Germano, o animal é da raça angus, vem da Cabanha Floripana, de Urubici (SC), e promete brilhar nas pistas do parque Assis Brasil, em Esteio. Pelo menos, se depender do seu DNA. O exemplar é “filho” e “neto” de dois bi-grandes-campeões da raça na Expo Rural de Palermo, em Buenos Aires, na Argentina.
— Germano tem sangue de quatro vezes vencedores de uma das maiores feiras do setor — salienta Oreste Melo Júnior, proprietário da cabanha.
E foi em um leilão no início do mês que o martelo bateu e chegou a essa valorização em dinheiro. O touro teve cota adquirida de 50%, a R$ 500 mil, pelo produtor rural Rodrigo Guimarães, de Ponte Serrada (SC). Foram 16 mil doses já pré-contratadas neste negócio pela Renascer Biotecnologia, central de congelamento e processamento de sêmen bovino.
— Quem comprou busca fazer investimento. Vê futuro nessa genética — esclarece Melo Júnior.
Presidente da Associação Brasileira de Angus, Mariana Tellechea reconhece o total valorizado, de R$ 1 milhão, como "bastante expressivo".
— Animais diferenciados como esse vão ter um papel muito importante no melhoramento genetico da raça. E é importante observar que o mercado tem reconhecido o trabalho genético — acrescenta ainda a dirigente.
Na Expointer, Germano participa do julgamento da raça angus, na próxima quarta-feira (30).