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Parte das 130 famílias do assentamento Santa Rosa, em Tupanciretã — um dos 17 do município —, Gilmar Peixoto fez a parte dele para reduzir os riscos climáticos na produção de leite, de pastagens e milho silagem para a alimentação animal e produtos de subsistência. Adotou um sistema de irrigação e toca a atividade com a esposa, o filho e o pai. Mesmo assim, tem visto o volume de leite minguar com a combinação de falta de chuva e altas temperaturas.
— Hoje a gente nem pensa em produção, só na manutenção dos animais — relatou à Rádio Gaúcha, no programa transmitido direto do município.
A média diária de 420 litros de leite baixou para 300 litros, redução de 28%, com um detalhe: um número maior de vacas para chegar a esse volume (são 21 exemplares). O sistema de irrigação é usado na área com pastagem e com milho para silagem (ambos usados para a nutrição dos bovinos de leite). Para garantir maior conforto térmico para o plantel, Peixoto buscou investimento para erguer um galpão. Neste momento, no entanto, os recursos têm sido priorizados para aquisição de alimentação porque a produção plantada mais cedo "foi irrisória, menos da metade".
— A gente quase não toca no assunto na família para não desmotivar, mas percebe que alguns vizinhos que não conseguiram ter um sistema de irrigação estão sofrendo bem mais.