Com o indicativo de que saia nesta semana o parecer formal do Ministério da Agricultura sobre a evolução do status do Rio Grande do Sul em relação à aftosa, entidades que representam produtores farão a sua rodada de avaliação. Hoje, grupo de 10 associações e federações se reúne com Secretaria e Ministério da Agricultura para informações detalhadas do andamento do processo e das observações feitas na auditoria.
Amanhã, Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) convocaram sindicatos para votar a posição quanto ao tema. No caminho para ser reconhecido como zona livre da doença sem vacinação, o apoio do pecuarista não entra no checklist oficial, mas é fundamental no dia a dia. É ele que estará próximo ao rebanho, de olho em eventuais complicações que possam surgir.
– Tem de estar vigilante para acionar o Estado o mais rápido possível, em caso de foco. É a figura que enxergará o problema – observa Gedeão Pereira, presidente da Farsul.
O dirigente entende que, para a evolução de status, o produtor precisa estar seguro de que a estrutura existente terá a pronta resposta necessária. Na sexta-feira, ele conversou sobre o tema com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Sobre o banco de vacinas, ouviu que não deverá ser um problema, visto que 80% do país seguirá imunizando o rebanho. Outra questão considerada importante refere-se à indenização se, no pior dos cenários, o surgimento da aftosa impuser o abate sanitário. Nesse sentido, o ministério estaria estudando a criação de um fundo adicional para socorro sanitário no país.
O principal desafio dos técnicos será transmitir a confiança, sinalizada pelos auditores, na capacidade do Estado de conduzir a evolução do status. Se se sentir de fato amparado, o produtor poderá, finalmente, conseguir deixar o um amargo passado para trás.