Atende pelo nome popular de gafanhoto migratório sul-americano a ameaça vinda da Argentina que paira sobre o Rio Grande do Sul. Monitoramento indica que seria essa a espécie ( Schistocerca cancellata), que tem como característica o hábito de comportamento coletivo, em massas migratórias. A preocupação deve-se ao fato de que se alimenta de vegetais com um potencial de dano muito grande a lavouras e pastagens.
— É um risco que não deve ser ignorado — afirma Ricardo Felicetti, chefe do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria de Agricultura do Estado.
O alento vem da previsão do tempo. A projeção de chegada de uma frente fria, na quinta-feira (25), com queda de temperatura e chuva, tende a diminuir o risco. Felicetti explica que as condições climáticas e de vento é que definirão o comportamento da nuvem de gafanhotos. São espécies que gostam de tempo quente e seco. Há relatos que indicam que podem voar até cem quilômetros por dia.
— Estamos trabalhando com o Ministério da Agricultura na elaboração de um protocolo caso eventualmente chegue ao Estado — completa.
Os pontos de atenção no Rio Grande do Sul são áreas no Oeste/Noroeste e também no Sul, na fronteira com o Uruguai. Em 2017, houve alerta semelhante, mas a nuvem acabou não chegando ao território gaúcho.
A Confederação Rural Argentina (CRA) publicou em redes sociais um vídeo com a nuvem na província de Formosa.
Outro vídeo mostra Corrientes, como publicou a colunista Carolina Bahia.