A colheita está praticamente encerrada no Rio Grande do Sul, mas produtores seguem apreensivos em relação às medidas de socorro que buscam minimizar o prejuízo trazido pela estiagem. Uma delas, a renegociação de financiamentos de custeio e de investimento, segue com exigência que exclui boa parte dos municípios gaúchos que tiveram a produção impactada.
Pela resolução do Banco Central, podem solicitar a medida produtores de cidades que tiveram a situação de emergência homologada pelo Estado de 1º de janeiro a 9 de abril, dia em que o documento foi publicado. Ainda no mês passado, a Secretaria Estadual de Agricultura solicitou ao Ministério da Agricultura a ampliação dessa janela, para 20 de dezembro de 2019 a 31 de maio. O quadro de escassez de chuva se iniciou no ano passado e prosseguiu – a chuva recém retornou ao Estado.
Até agora, no entanto, a alteração não foi feita.
– Depois de 9 de abril, tivemos 40 dias em que não choveu. Nesse período, muitos municípios conseguiram comprovar o impacto – salienta Verno Müller, superintendente administrativo e financeiro da Famurs, que participou de reunião de grupo de trabalho da estiagem.
Sem essa alteração, o esforço da Defesa Civil em dar celeridade aos processos poderá ter sido em vão.