Mesmo com o clima de cautela decorrente do quadro de estiagem no Estado, a Expodireto chega ao fim com resultado positivo, de 10% de crescimento no volume de propostas encaminhadas. Para a indústria de máquinas, a estimativa é de que se possa fechar 2020 com crescimento entre 3% e 5%. Projeção sustentada por fatores dentro e fora das lavouras.
O aporte de recursos próprios de instituições financeiras é considerado importante para evitar a repetição do cenário do ano passado, quando a falta de crédito trouxe instabilidade.
— Banco do Brasil e BNDES lançaram linhas com taxas atrativas. Isso nos traz previsibilidade e recursos. O mercado começa a reagir positivamente isso — disse Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), sexta-feira (6), na apresentação do balanço de fevereiro da entidade.
Por enquanto, os números ainda não refletem essa percepção. A queda na venda de unidades em fevereiro foi de 1,7% na comparação com igual mês do ano passado. E de 3,8% no acumulado do ano, segundo a associação. Mas há que se considerar, no entanto, que o início do ano costuma ser um período de desaceleração dos negócios.
— Quem vai investir em equipamentos para colheita, já comprou. E é um período de “ressaca” de férias — pondera Claudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS (Simers).
Outro fator que pode alimentar resultados positivos é o efeito da safra no restante do país. Diferentemente do Rio Grande do Sul, o Brasil tem projeção de novo resultado histórico.
— Quanto ao ano, estou otimista — reforça Bier.