
Enquanto técnicos do Senar-RS dão treinamentos para capacitar aplicadores do 2,4-D, em cursos iniciados nesta semana, outras duas normativas estão sendo finalizadas para afastar o risco de deriva nas lavouras gaúchas. Uma é voltada à chamada venda assistida do produto — determinando que revendas exijam o curso de treinamento e orientem sobre a responsabilidade de uso.
A outra, a implementação de cadastro das culturas do Estado, tem objetivo de mapear eventuais pontos sensíveis, com produções que ficam lado a lado com a soja — onde o herbicida é aplicado.
— É preciso criar a ideia de responsabilidade do produtor. Tudo o que ele faz dentro da propriedade tem reflexos fora dela também — afirma Alexandre Saltz, promotor de Justiça responsável pelo inquérito civil que apura o caso.
A pouco menos de um mês do início da aplicação do herbicida no Estado, no período de pré-plantio das lavouras de soja, a fiscalização agropecuária da Secretaria da Agricultura está estruturando equipes permanentes para fiscalizar o uso do produto.
A iniciativa ocorre nas regiões da Campanha, Central e Campos de Cima da Serra, onde há maior impacto da deriva do herbicida em culturas sensíveis como a uva, a maçã e a oliva.