
Está prevista para esta segunda-feira (31) a reapresentação no Palácio Piratini do complexo de R$ 3 bilhões com fábrica de aviões e aeroporto que a Aeromot pretende construir em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. A coluna vem acompanhando já há alguns anos o projeto AeroCITI, que é planejado para um terreno emblemático por ter sido destinado à Ford, que acabou não construindo a montadora. A estimativa é de que vá gerar 3 mil empregos ao longo de todas suas etapas.
No final de 2024, foi aprovada lei para doar o terreno à Aeromot porque a empresa argumentou que era necessário tê-lo para conseguir o financiamento. Antes estava acertada cessão onerosa com possibilidade de aquisição, para evitar o que ocorreu com empresas que ganharam a área e não avançaram nos projetos, como a própria Ford, gerando discussão judicial.
No início agora de 2025, a Aeromot fez nova solicitação de licença de instalação à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O documento autoriza início de obras. O presidente da empresa, Guilherme Cunha, explicou ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, que a enchente exigiu adaptações no projeto contemplando medidas de prevenção a novas inundações.
- Tivemos um alagamento muito forte em Eldorado do Sul e no início de Guaíba, onde começa a nossa área, que é lindeira. O Arroio do Conde é a divisão do nosso terreno. Na parte onde vai se construir a pista, teve um alagamento considerável. Tivemos que readequar o estudo e prever mitigações. A empresa que trabalha no nosso projeto é a mesma que suportou o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas, da UFRGS) nos estudos do Estado. Só vai existir um nível de investimento maior, algumas precauções - detalhou.
Cunha ofereceu ao governo do Estado o aeroporto da AeroCITI para ser um dos "backups" para eventuais problemas no Salgado Filho, de Porto Alegre. A estrutura prevê uma pista de 1,8 mil metros.
- Já estamos prevendo na construção agora, privada, que a compactação da pista consiga suportar o peso máximo de todas as aeronaves operando no Brasil, cargueiro e de passageiro, Boeing e Airbus. Não cargueiro internacional - complementou o executivo.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: dívidas de ICMS, tecnologia estética, R$ 50 milhões em fábrica e novos shoppings
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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