Em tempos de alta forte da conta de luz, a coluna volta a provocar o pessoal do setor sobre quando todos os consumidores terão acesso ao mercado livre de energia, inclusive residências, onde, quem pode comprar, economiza até 35%. Seu grande atrativo é escolher o fornecedor e a flexibilidade, pois permite negociar, por exemplo, o preço e a fonte da energia (que seja renovável!). A Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) defende uma abertura completa deste mercado para todos os clientes já a partir de 2026.
Provavelmente, seria de forma gradual, por faixas de consumo. As regras estão sendo estudadas. Consulta pública do governo federal anterior havia trazido uma previsão entre 2026 e 2028. O atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem falado em começar em 2030 e estar totalmente liberado em 2040. Ou seja, um período amplo está em discussão, mas não é um prazo tão longo assim para uma grande conquista.
O mercado livre de energia elétrica já passou de 50 mil clientes no país. O Rio Grande do Sul está batendo a marca de 5 mil registros e fica atrás somente de São Paulo. Por enquanto, lembrando, são médios e grandes consumidores de energia que têm a autorização.
Ainda segundo a Abraceel, 2.672 empresas consumidoras do Estado já informaram as distribuidoras que vão deixar de comprar energia elétrica com elas e vão começar a comprar energia elétrica no mercado livre ao longo de 2024 e 2025. Quase todas são de porte menor. As empresas migram de fato do ambiente regulado para o ambiente livre quando vence o contrato de fornecimento com a distribuidora, que tem validade de 12 meses.
“No Rio Grande do Sul, 37% de toda a energia elétrica consumida é por clientes do mercado livre de energia.”, diz o levantamento da Abraceel enviado à coluna.
Procura maior aumenta preço
Sim, os preços têm subido também no mercado livre de energia. A mesma seca que está fazendo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobrar bandeira tarifária vermelha, encarecendo a conta de luz, deixa a geração dos fornecedores livres mais cara e, principalmente, mais demandada. Ainda assim, vale a pena, tanto que atrai os consumidores que podem comprá-la, seja por preço, seja por segurança de fornecimento, o que é essencial, por exemplo, para empresas.
Luz alta na conta
Em setembro, a conta de luz foi o item que mais pesou na inflação da região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o cálculo do IBGE, o aumento foi de 7,01% sobre agosto, com a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,463 a cada 100kwh consumidos. Prepare o bolso, pois aumentará de novo agora em outubro, porque a bandeira subirá para patamar 2.
===
Aproveite também para assistir ao Seu Dinheiro Vale Mais, o programa de finanças pessoais de GZH. O episódio da última semana traz dicas para economizar na compra da passagem aérea, em época de começar a programação das férias:
É assinante mas ainda não recebe a carta semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna